sábado, 22 de novembro de 2008

Ainda não?

Tenho alguns amigos da minha idade já casados. Alguns deles com filhos. Vendo a felicidade estampada na cara deles, deduzo que ter filhos seja das melhores, senão a melhor experiência que se pode ter.
Frequentemente, fazem-me a pergunta que se faz a todas as pessoas solteiras da minha idade: “Então e tu quando te casas, pá? E filhos, não? Trinta anos, estás mesmo naquela idade.” Oh meus amigos: estou é na idade, de fazer as asneiras próprias da juventude. E não inventem. Eu para me ajeitar já é um pincel, quanto mais cuidar de um mini-ser fofo e baboso, que nem sei onde se liga e desliga.
Mais ainda, não me estou a ver nos próximos tempos naqueles jantares de casal, onde o serão é passado a eleger a Mesinha 2008 do Ikea, nem tão pouco a comparar as cotações de mercado dos serviços da Vista Alegre.

Novinho
19/11/08

Começar bem o dia

A rotina para a maior parte das pessoas, começa pelo banho, vestir, tratar das crianças se for o caso, tomar o pequeno almoço. Uns tomam em casa, outros no café. Eu normalmente, vou pela segunda opção.
Chego ao café ainda de olhos meio fechados, necessitado duma injecção de cafeína e açucar para espevitar. Acontece que muita gente faz o mesmo. Com tanta gente ao balcão, é impossível escolher um bolo. Pareço uma coruja a tentar ver a montra, através das entranhas do povo. Chega a altura, em que tenho de perguntar ao empregado que bolos há. Primeiro, ele diz os nomes dos bolos que não conheço. A seguir, dos que não gosto. E o diálogo prossegue:
- Olhe pode ser um pastel de nata, por favor.
- Pastel de nata, pastel de nata…não temos.
- Um queque, então.
- Só de maçã.
- Pode ser um folhado misto.
- Hoje, só de marmelada.
- Marmelada !?
- Olhe, vendem-se que nem pãezinhos quentes!
- Pronto, pode ser um pão quente então.
- Não temos pão, lamento.
- Só o cafézinho, por favor.
- Pois…é que a máquina avariou ontem e estamos à espera do técnico.
- Chegue-me uma chicla de menta…
- Morango ou tutti-frutti.
- Copo de água?
- Hehehe estamos sem água, rebentou a conduta na rua de baixo.
E assim, ganha-se motivação para mais um dia de trabalho.

Dasse

19/11/08

Inverno

Não sei no que a Natureza estava a pensar, quando inventou o Inverno. Mas a cavalgadura que se lembrou da mudança de hora, merecia umas galhetas bem assentes.
Qual é a piada de serem seis horas da tarde e parecer que é meia-noite? Hum? “Ah sabes, assim amanhece mais cedo e poupa-se mais energia.” Muito bem. É um bom motivo. E que tal o pessoal passar a entrar às onze? Dava para manter a hora de Verão, acordavamos todos de dia e à hora do lanche deixava de ser de noite. Ciência do caraças, hein…

Veraneante
14/11/08

Inútil

Isto há coisas imcompreensíveis de tão injustas que são. Eu que estou completamente de acordo que sejam as “gaijas” a mandar, sou frequentemente acusado de ser machista.
Não sei se hoje em dia é assim mas, no meu tempo de liceu era obrigatória uma disciplina giríssima, que dá pelo nome de Filosofia. Para ter uma nota positiva, tinha de analisar as mocas de gajos, que viveram na idade média ou até antes.
Oh minha cara Senhora Ministra da Educação…diga-me por favor, que já não andam a enxofrar as moelas aos putos com essas coisas. Vai-lhes servir para quê? Não seria muito mais útil, existir uma disciplina que nos ajude a compreender as dores de cabeças das senhoras actuais? Os homens ficariam agradecidos, as “babes” encantadas da vida. Machista eu…

Machista
13/11/08

Estagnou

Olhando para a história da humanidade, conseguimos compreeender que a evolução da nossa espécie, passou por várias fases até chegar ao que somos hoje, sendo que o nosso corpo foi-se adpatando aos nossos hábitos. Quer dizer…às vezes basta um decote mais arrojado, para eu recuar milhões de anos de evolução assemelhando-me a um australópiteco.
Tirando isso, considero que estagnamos e o corpo humano teima em dar o próximo passo. Explicando-me: parece que apenas controlamos uma pequena parte do nosso cérebro. Se o resto não faz falta, é porque está a mais. Deveriamos então evoulir no sentido, de ganharmos em fígado o que dispensássemos em cérebro. É que a idade avança e a ferrugem, não destila cerveja.


Homo Sapiens Figadus Bombasticae
13/11/08

Pancadinhas

Não querendo estar a gabar-me, sou das pessoas mais cultas que andam para aí. A fonte da minha cultura? Nem mais nem menos do que, o jornal “A Bola”.
Acontece que na edição da passada sexta-feira, um colaborador dessa publicação conseguiu mesmo fazer uma observação bastante útil. O árbitro Martins dos Santos, da Associação de Futebol do Porto (claro), foi condenado a doze meses de prisão, com pena suspensa, por corrupção passiva. Até aqui nada de estranho, não fosse o caso estar encerrado sem haver um corruptor culpado.
O que nos leva a concluir que afinal, o Pinto da Costa, o Major e o Proxeneta estão inocentes e que os árbitros se subornam a eles próprios. Até nem acho difícil. “Epá, se eu hoje roubar a favor do F.C. Porto, como é costume, pago-me uma ida às prostiputas, mais umas viagens e ainda sou capaz de passar uns cheques em meu nome”.

Apito Podre
08/11/08

Crise Financeira

Parece que a coisa é ainda mais séria do que pensavamos. O “béu” não pinga e até já os santos pedem esmolas. No outro dia entrei numa igreja, a fim de a visitar e quando reparei nas quinze caixas de esmolas, cada uma delas destinava-se a um santo diferente. A questão que eu deixo no ar, é a seguinte: mas para que é que os santos precisam de dinheiro?

Ateu
08/11/08

Quercus

Quero apelar a esta instituição, que redobre os esforços na luta pelo ambiente. Não só pelo excesso de poluição e do desmesurado avanço do betão, mas porque num espaço de poucas horas aconteceram duas coisas, que poderão vir a mudar o mundo para sempre.
Começando pelo fim, parece que finalmente alguns americanos ganharam inteligência, elegendo à partida o melhor candidato a ditador do mundo. Ainda assim, houve quem quisesse continuar na mesma. Ou seja, ainda sobra muita gente burra.
Depois, aconteceu a coisa mais inédita e bizarra e até aposto que nem a Maya, teria coragem de prever uma destas: o Sporting qualificou-se pela primeira vez, para a segunda fase da Liga dos Campeões. Se eu não tivesse assistido, nunca iria acreditar nem que me fosse dito pelo Dalai Lama.

Céptico
06/11/08

Calma e descontracção na bexiga

Diz o ditado popular que, o que é preciso é ter calma e descontracção na bexiga. E muito bem dito. Sem calma, nada se resolve.
Já todos nós passamos por situações, em que por vezes a tampa saltou e foi aterrar bem longe. Hoje em dia com o stress de viver numa cidade cosmopolita, estou sujeito a que isso aconteça.
Uma coisa que me irrita profundamente, é pedir uma imperial e ter espuma quase até meio do copo. Só me apetece é pegar no empregado e fazer como aos cães. Dar-lhe com o jornal na pinha, até ele aprender. É que realmente, até meio do copo puseram lá a loirinha, mas parece que contrataram um epiléptico para se espumar e encher o resto.

Zen
05/11/08

Saber sofrer

Recentemente, fui passar um fim-de-semana de férias com os meus pais, coisa que já não acontecia à alguns anos. Foi muito giro, correu tudo muito bem e até teria sido perfeito, não fosse um pequeno pormenor aparentemente inofensivo, mas que acabou por deixar cicatrizes: a música no carro.
O fim-de-semana inteiro no mesmo posto (não vou dizer qual é, porque era a Comercial) e devo dizer que se ouvisse mais um minuto daquilo, acho que arrancava a minha própria cabeça à dentada.
O que me parece é que os senhores da Comercial, foram assaltar o sotão da Rádio Nostalgia e apenas trouxeram trastes velhos, encalhados e oh Sr. Doutor, que trauma…não ouvi uma única música decente durante três dias. Grave mesmo, é a frase favorita dos locutores: “Comercial, a melhor música”. Ou têm o padrão mais baixo do mercado, ou andam todos a precisar de uma revisão às orelhas.
Se quer proteger o seu veículo contra assaltos, em vez de pôr o autocolante do guarda-nocturno, cole antes um onde se leia o seguinte: “Caro larápio, este auto-rádio só funciona com a Rádio Comercial, acha mesmo que vale a pena partir-me o vidro?”

Ouvinte
06/11/08

A galinha do meu vizinho é um bocado enorme

Ora, ora. Então os americanos ficaram todos contentes, por conseguirem aterrar uma sonda em Marte. Mais contentes ficaram, quando a leitura “geomorfoaquelagajatemumasgrandesmamaslógica” dos dados enviados pela sonda, confirmou a possibilidade de existir água no estado liquido.
Ontem lembrei-me de chamar a atenção lá dos gajos da Nasa, enviando-lhes uma carta a alertar, que a superfície do planeta onde Portugal e todos os outros países se encontram, está coberta por cerca de 75% de água, a maior parte no estado liquido. Espetáculo.
Como diria o meu avô: “A galinha do vizinho, não só, é maior do que a minha, como está gorda que nem um hipopótamo, olha para aquela jamanta que nem sequer cabe em lado nenhum.” Fazer uma festa por ter encontrado água. Se chagassem ao pé de mim e me dissessem que tinham encontrado de cerveja, isso sim, seria de valor. “Nova Sagres Vermelha, uma cerveja de outro mundo”.
Só para mandar a última pedrada….tenho a ligeira sensação que aquela sonda, era uma grande porcaria. Em cada canto do mundo, está um português. E fomos nós que andamos a descobrir esta merda toda. Por isso “yankees” do caralho, quando encontrarem vida em Marte, por muito estranha que possa parecer, há-de ter passaporte português, grade de minis numa mão, sandes de porco inteiro na outra, a caminho do Sporting de Marte vs SL Benfica dum asteróidezeco qualquer que nem sequer órbita sozinho.

Astronauta
03/11/08

Todo o cuidado é pouco

Estou aqui para alertar todos os pais de crianças pequeninas. É preciso ter muito cuiadado com as histórias infantis. Sobretudo, quando estão na fase dos porquês. Eis uma conversa, entre mim e a minha sobrinha de três anos:
- Oh tio! Tio! Oh tio! Tio!
- Não sei quem comeu as bolachinhas do Noddy. Vai perguntar à mana.
- Oh tio! Tio! Oh tio! Tio! Não é isso.
- Ufa…diz lá então princesa.
- Achas que o lobo mau, queria comer o capuchinho vermelho porque viu o cavalo, a fazer o mesmo à Cicciolina?
- Bem pensado querida, se calhar foi, vamos perguntar à mamã.
É claro que toda a gente sabe, que a intenção de uma história infantil não é ter conteúdos menos próprios, mas ainda assim é preciso ter cuidado com o que as crianças, como a minha sobrinha e como eu, podem ficar a pensar.

Terroristazinho
02/11/08

Esforço

Mais uma vez, refiro que não sou propriamente o Einstnein da minha rua. Estará o leitor a pensar: “ Este gajo estava tão bem caladinho, lá vem ele reclamar.”
Pois é. Não entendo como é que nos dias de hoje, se faz tanta coisa para nos simplificar a vida e ainda temos de agitar certos produtos, antes de os abrir. Não podiam vir já agitados? Ou vir com uma tomada para ligar e pronto? Agora ando para aqui agitar liquidos…mas eu sou alguma centrífugadora ou quê?
No outro dia aconteceu-me um pequeno, ligeiro, acidentezinho. Comprei um serviço de chá lá para casa, para poder servir às minhas amigas. Como eu sou um cavalo de hipismo, que em vez de saltar os obstáculos vou contra eles (vulgo estúpido), pensei que fosse necessário agitar aquela bosta. Como calcula, não ganhei mais do que uma novíssima colecção de cacos de loiça. Mas a minha primeira reacção, foi qualquer coisa como: “ Olha, não noto muita difrença entre as chávenas e os pires. Queres ver que isto é como os móveis do Ikea, que vêm por montar?”. Como é óbvio, fui à loja reclamar:
- Bom dia, oh chefe!
- Ora então muito bom dia, em que lhe posso ser útil?
- Olhe, isto aqui está com defeito, entorno o chá todo e queria trocar.
- Ora deixe cá ver…então mas isto está tudo partido!
- Ai está? Eu bem me quis parecer, que havia qualquer coisa de errado. E agora?
- Oh amigo…agora chapéu.
- Pois. Só que se eu beber chá pelo chapéu, vou estraga-lo por causa das nódoas do açucar.
- Deixe lá de ser menina e ponha-se na rua “home”!
Saí da loja com um sentimento de crueldade e injustiça, como se estivesse a ver a telenovela e de repente mudassem de canal para ver a bola. Gostava mesmo, para bem da evolução, deixassemos de agitar as coisas. Ficaria tudo mais simples. É que isto dos sumos é como as mulheres. Se não as agitarmos, depois já não vão saber à mesma coisa.

Calão
01/11/08