domingo, 21 de setembro de 2008

Primos em vigésimo grau

Sempre que temos aqueles eventos familiares, em que se junta mesmo a trupe toda, aparece sempre alguém que nos conhece muito bem e que nos deixa a pensar na sua identidade.
Casamentos, baptizados, Natal na terrinha, funerais, não interessa. Desde que haja comida e bebida à grande, é garantido que o parente desconhecido está lá.
“Estás tão grande, andei contigo ao colo! És o filho do António e da Maria, estás cada vez mais parecido com eles”. Ora… em primeiro lugar gostaria que a senhora tivesse rapado o buço antes de se atravessar no meu caminho. Em segundo, tudo o que disse é real, mas eu não a conheço, acredito que seja minha tia-avó em vigésimo grau, mas podia ter-se apresentado antes de me contar a história da minha vida, não ?
Depois chega aquela parte em que damos com alguém que nos é próximo a falar com um tal parente distante. “ Oh mano, quem é aquela maluca com quem estavas a falar ainda agora ?”. Ao que vem uma resposta por demais óbvia…” então não te lembras da prima Andreia, filha do tio Zé, irmã do primo Miguel tudo em vigésimo grau…”. Venho depois a saber que a prima Andreia foi-me apresentada quando eu tinha três meses e que não a via desde então…claro que me lembro…
Para o fim destes eventos fica a tarefa mais árdua da noite. Encontrar um condutor sóbrio que leve a tia Alzerminda a casa. A tia Alzerminda é a que nos conhece melhor, mas já não se lembra disso… “ então tia, vamos embora? “… “ oh, há anos que não tinha um homem tão jovem a cortejar-me “.
Pois… afinal ainda não é hora de ir embora, mas sim de mandar mais meia garrafa de whisky a baixo. A tia Alzerminda não levo eu…

Priminho
09/09/08

1 comentário:

Ana Pedro disse...

Fdx que nomes mais parôlos, nem pareces proveniente dum certo sitio que ten uns bons sitios para se sair do carro e abrir a torneirinha de baixo para deixar fora a sagres que se bebe por engano em vez da bela SuperBock...