domingo, 19 de outubro de 2008

Dr. Frankenstein

É do senso comum que se fala demasiado de futebol neste país. Eu como bom português, que ajeita os tomates em público enquanto escarra para o chão, também acho que devo dar a minha opinião. Ninguém me perguntou nada, foi o que o leitor disse? Pois, só que a mim ninguém me cala. A não ser a minha mulher, quando me dá ordens. Aí nem pio.
Devido às últimas prestações da selecção nacional, para além de eu achar que andam para lá jogadores a ganhar e a falar muito, mas a jogar pouco, a única coisa que posso concluir como muita naturalidade, é que o nosso seleccionador é nem mais nem menos que, o Dr. Frankenstein. “Ah e tal, isso era dum conto e mesmo que não fosse, ele viveu no séc. XVIII”. Treta. É mesmo real. E treina a nossa selecção.
Para quem não sabe, muito resumidamente, Victor Frankenstein era um estudante de medicina, que ambicionava acabar com a morte humana. O seu trabalho de vida foi pegar em partes de vários cadáveres, cosê-las e através de descargas eléctricas nos pontos de energia vitais, fazer nascer um monstro. O problema é que depois não soube controlá-lo. Carlos Queiroz fez exactamente o mesmo. Criou monstros da bola como Figo, Rui Costa e Cristiano Ronaldo, por exemplo, mas quando estes chegam ao campo ele não sabe o que fazer com eles.
Em declarações após o empate com a Suécia, Cristiano Ronaldo terá questionado se, os fracos desempenhos da equipa têm a ver com o facto de o seleccionador não usar bigode, coisa a que não estão habituados e que está a levar o seu tempo a assimilar.
Pois bem, a resposta a essa pergunta está na cara. É um não tão negativo, que até se deveria escrever com dois “tiles”. É provável que Ronaldo não se lembre, pois na altura ainda era o menino traquinas, que fazia graffitis na careca do Alberto João Jardim, mas Dr. Frankenstein já foi seleccionador, anteriormente na década de noventa, período no qual, ostentava gloriosamente um extenso amontoado de pêlos entre o nariz e as beiças. Os resultados dessa altura? Se não se lembra, não pesquise na “net”. Faça apenas o que o mais célebre “Croniquinhista” (João Peixoto) deste país faz. Antes de puxar o autocolismo, contemple bem a obra que está prestes a enviar pela sinuosa canalização. Estão aí os resultados.

Treinador de bancada
12/10/08

3 comentários:

Ana Pedro disse...

Eu sinceramente, como isto anda, estou completamente nas tintas para a Selecção... o que é facto é que fiquei surpreendida com o teu conhecimento histórico.
Eu pensava que o doutor em causa so tinha criado um monstro mas de facto a tua sabedoria deixou-me pequenina :D

João Peixoto disse...

como será o cócó do frank?

Ana Pedro disse...

Peixoto deve ser uma mistura de varios cócós...